sábado, 19 de fevereiro de 2011

Paradise Kiss

Hayasaka Yukari, 17 anos, está para prestar o vestibular. Ela sempre se dedicou aos estudos, tentando ser a primeira da classe, e mesmo estudando bastante faz cursinho, por pressão de sua família.
Um belo dia, Yukari está indo para o cursinho e um punk aborda-a, dizendo ser seu "dia de sorte". A garota, pensando ser um assalto (ou até mesmo coisa pior), foge, e acaba esbarrando em uma mulher com roupas estranhas, a qual Yukari chama de Shinigami ("deus da morte", em japonês), assim, a garota desmaia.
Quando acorda, ela descobre que está no ateliê de um grupo de formandos da Yazawa Gakuen, uma escola um tanto diferente, onde alunos e alunas do ginásio até a faculdade, podem se dedicar às matérias comuns e algum ramo da moda. O grupo é formado pelo estilista George (Joji em japonês), com talento e ego descomunais, e seus auxiliares, Arashi, o punk, Miwako, uma linda menina, e Isabella, um travesti (que ela confunde primeiramente com um shinigami). Essas pessoas estavam procurando uma modelo para desfilar para eles no concurso que encerra o último ano letivo deles na universidade de moda, mas Yukari ainda assustada com a aparência estranha daquelas pessoas recusa o convite e vai embora, porém, ela deixa sua Identidade Estudantil cair.
George não desiste dela, Yukari fica curiosa a respeito dos planos do grupo, e acaba, depois de alguma resistência, embarcando na aventura e pagando um alto preço por isso, já que sua família fica toda contra essa idéia.
                                                                 Laura Ribeiro

Os Gárgulas


Acabei de assistir a um episódio de “Os Gárgolas”, bateu aquela saudade, eu lembro desse desenho da época em que meu horário no colégio era a tarde. Provavelmente ele passou por aqui no começo de 2000.

Naquela época eu não tinha condições de analisar todo o discurso do desenho e a construção dos personagens, sendo assim, o episódio que por acaso eu assisti hoje foi uma descoberta. Agora fazendo uma pesquisa rápida aqui foi fácil descobrir o porque o desenho conseguiu me manter colada no TV como se fosse algo inédito. “Gargoyles” no original é obra dos estúdios Disney, que resolveu se dirigir a um público mais adulto, a série não fez muito sucesso nos quadrinhos estando no ar de 1994 a 1997 nos EUA.

O desenho me impressionou pela forte carga dramática, que nesse episódio em especial envolvia assuntos muito complexos como exclusão, preconceito, a natureza humana e o conteúdo da TV.

Os gárgulas são criaturas que durante o dia são estátuas e a noite elas ganham vida, elas moram no terraço de um castelo em Manhattan. Sem nada para fazer num mundo que não pode conviver com as suas diferenças eles vivem isolados no castelo. Eles gostam de assistir TV e um programa de super-heróis que passa todos os dias, eles se identificam com esses heróis pois dizem que eles são guerreiros como eles.

No primeiro contato com esses heróis eles são amigáveis e gentis, mas quando eles aceitam o convite com a maior boa fé, encontram-se numa armadilha. Na verdade os humanos, os heróis querem caçá-los, apenas por diversão.

Uma frase marcante entra nessa parte “Eles não são animais, animais caçam por necessidade, eles estão caçando por diversão”

Em outra cena emblemática uma família típica americana, pai, mãe, filho e filha, brancos de olhos claros, bem vestidos, deparam-se com a luta entre eles as crianças então atacam os gárgulas com lançando latas e pedras, os chamando de monstros, os pais não acreditam no que vêem e eles vão embora e a luta continua.

Com dificuldade eles conseguem se livrar dos heróis, que são capturados pela polícia mais tarde. Um dos gárgulas, o que parece mais frágil e com o qual criamos mais empatia pois lembra uma criança ou adolescente diz ao que parece o chefe do bando que estava errado, e que nunca mais ia confiar nos outros, nos humanos no caso. Mas o chefão diz que eles devem continuar tentando achar em quem confiar, pois não gostaria de ficar a eternidade isolado do mundo.

E o final deste episódio ainda revelou que na verdade isso foi tudo uma armação, que o programa de TV “TV a cabo”, e os heróis são propriedades do dono do castelo aonde os gárgulas moram, e que esse cara estava apenas testando os gárgulas.

A frese que fecha sai do conselheiro, o gárgula mais velho: “É melhor a gente não acreditar em tudo que vê na TV”.

Esse episódio poderia ainda ser destrinchado em várias páginas, mas não convém fazê-lo agora, são essas sutilezas, essas complexificações que fazem um desenho ser bom de verdade, o que está atrás do discurso, é sempre mais interessante.

Leia mais sobre o desenho em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_G%C3%A1rgulas

Natália RR

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Slash e Bob Esponja



Slash para a Rolling Stone americana: “Eu assisto Bob Esponja”. A declaração está entre as outras 24 coisas que você não sabia sobre o músico, como ele amar gatos, e estar sóbrio e limpo há cinco anos, bem , essa última eu um tanto que duvido.

Bob Esponja é um cartoon genial criado por Stephen Hillenburg, que além de animador é biologo marinho, ele é o mesmo de AVida Moderna de Rocko. (mais sobre Bob Esponja em breve)

Slash é uma das figuras mais marcantes do Rock mundial atualmente, e essa declaração dá um up na moral de desenho e que quem os assiste também, afinal não são só nerds inveterados que assistem desenhos “infantis”.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Ranma ½, é uma comédia de anime e mangá sobre um menino chamado Ranma Saotome, Ranma demorou quase nove anos para ser escrito, de 1987 a 1996, e rendeu 38 volumes . Ao todo Ranma ½ possui 161 episódios, divididos em sete temporadas, 13 OVAs e dois filmes produzidos pela Kitty Films, em conjunto com a Fuji TV. Ranma era muito popular entre os otaku dos Estados Unidos durante os anos 90 e popularizou o visual dos animes. A série explora "As Fontes Amaldiçoadas de Jusenkyo" que dão origem à capacidade de alguns personagens de transformarem seus corpos em outros seres. De fato, as transformações dos personagens são bem exploradas pela criadora de Ranma, evitando justificativas complicadas que pudessem atrapalhar o tom de comédia da série 
Em Maio de 2000, a Band havia prometido exibir Ranma ½ na TV aberta, o que não aconteceu, o anime só viria a ser exibido no Brasil pela Cartoon Network entre 3 de julho de 2006 até 24 de abril de 2007 
 • História~
Ranma Saotome foi treinado desde a infância até aos 16 anos. É estudante de artes marciais que, junto ao pai, Genma Saotome, fez uma jornada de treinamento nas Montanhas Bayankala (Bayan Har Shan) na Província de Qinghai, China. Ali há o campo de treinamento chamado Jusenkyo onde existem diversas fontes amaldiçoadas. Cada uma delas está associada à história de alguém que morreu afogado há centenas ou milhares de anos e quem cair em uma delas transforma-se no ser que morreu afogado nela, seja ele humano ou não.
No meio do treinamento, Ranma e seu pai caem, cada um em uma fonte diferente, e acabam amaldiçoados. Depois desse incidente, toda vez que Ranma se molha com água fria, transforma-se em uma bela garota, enquanto seu pai em um enorme panda. Somente o banho com água quente pode reverter os personagens à sua forma original (ainda que temporariamente).
No retorno para o Japão, Genma informa Ranma de que está prometido em casamento a uma garota que nunca viu, a filha de Soun Tendo, grande amigo de seu pai. Soun Tendo reúne suas três filhas para dizer que uma delas se casará com Ranma, que, aliás, era totalmente desconhecido para as filhas, no intuito de manter o dojo Tendo como seu legado.
Quando Ranma chega à casa da família Tendo, ele está na forma de garota. A confusão perdura até que Akane Tendo (a filha mais nova) vê Ranma, que tomava banho, na forma de garoto. A família Tendo descobre então, o segredo de Saotome e as duas irmãs mais velhas empurram o noivado com Ranma para Akane, uma vez que ela costuma esbravejar aos ventos que "odeia garotos" e da forma rude com que ela os trata na escola. Isso lhe dá a fama de "maria-rapaz". Ora, Ranma é, em virtude de sua maldição, meio menina.
O noivado arranjado, a vontade de livrar-se da maldição, a existência de outros pretendentes (garotas e garotos) tanto para Ranma quanto para Akane e personagens estranhos (alguns também amaldiçoados em Jusenkyo), fazem essa uma série de comédia-romântica caracterizada pelo amor e pelo ódio simultâneos no relacionamento de Ranma com Akane durante toda a história, bem como, pela dualidade da maioria dos personagens (algo inspirado no yin e yang do Taoísmo).
                                                                                                                              Laura Ribeiro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As Trapalhadas de Flapjack


O desenho (The Marvelous Misadventures of Flapjack) estreou em Novembro de 2008 e aqui no Brazil pelo Cartoon Network, e ainda não esta sendo exibido em tv aberta.
Eu mais uma vez fui pega de surpresa, uma grata surpresa, quando me deparei com mais uma porção super divertida das mais loucas bizarrices.
Pra quem já achava que tinha visto de tudo de pois de Bob Esponja, Flapjack e Capitão Falange vieram para quebrar paradigmas. Mas sendo um desenho irmão das Terríveis aventuras de Billy e Mandy, já saberíamos o que esperar. Mark "Thurop" Van Orman, criador de Flapjack trabalhou no roteiro e no stpryboard de Billy e Mandy.
Flapjack um menino que foi achado e criado pela baleia falante Bolha, que também funciona como o meio de transporte dos dois. Os personagens se envolvem nas mais loucas aventuras, passando por ilhas sinistras, monstros horrendos e maluquices de todo tipo, o sonho deles é encontrar a "Ilha Açúcar", onde tudo é feito de doce.
A maior parte dos episódios se passam em "Porto Tempestade", um lugar no meio do nada, com mais personagens sinistros, como o "Dr. Barbeiro", o barbeiro e cirurgião de Porto Tempestade (Stormalong), ele adora cirurgias, e usa qualquer procedimento simples para poder justificá-las, sem falar que ele diz morar com a sua mãe, mas ela mora dentro de uma gaveta em seu quarto...

Notem a descrição sobre o gênero do desenho dado pelo Wikipedia americano:


Eu achei muito interessante e super inteligente, pois mostra que desenho não precisa ser só bonzinho, ou bonitinho para dar certo, humor surreal e humor negro são os elementos especiais que tornam esse cartoon tão atraente.
Posso ir mais longe e dizer que talvez seja essa uma tendência, talvez as crianças de hoje esteja mais inclinadas à histórias mais "estranhas", mais assustadoras, vide filmes como "A casa monstro".
Normalmente essas narrativas são mais complexas e cheias de referências externas o que cativa tanto crianças como adultos.

Tinham alguns episódios em português disponíveis no You Tube, mas a Cartoon Networt foi a vilã da história caçando e inviabilizando esses vídeos para o público brasileiro.

 

Mais um momento bizarro:


A musiquinha diz "Ho Yeah Adventureeee!".
O aventureiro diz que encontrou aquela pintura e que ela era a mulher grávida mais linda que ele jé tinha visto e que precisava ficar com ela.
HA HA HA

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As Meninas Super Poderosas



O desenho foi exibido aqui no Brasil pelo SBT, e pelo Cartoon Network. Florzinha (Blossom, cor de rosa), Docinho (Buttercup, verde limão), e Lindinha (Bubbles, azul claro), surgem quando o professor Utonio decide criar as menininhas perfeitas, usando açúcar, tempero e tudo que há de bom, mas acidentalmente o professor adiciona o “Elemento X”, de onde provavelmente vêm seus super poderes. Apesar de serem crianças super fofinhas, de estarem do jardim de infância, molharem a cama, terem bichinhos de pelúcia e não gostarem de tomar banho, elas lutam pra valer com os vilões e monstros que freqüentemente atacam Townsville. As lutas lembram as de super heróis e live actions, no estilo Ultraman e Power Rangers, e com freqüência fazem referencias a “culturas pop” mais antigas como a dos anos 50 e 80.

O desenho é cheio de referencias interessantes e também é bastante violento, as meninas arrancam o sangue e os dentes dos vilões. O desenho é altamente estilizado, com visual minimalista, lembrando as primeiras e limitadas animações dos estúdios Hanna-Barbera. Tem até o capeta no desenho, mas na tentativa de não explicitar eles o chamam de “ELE”, que aparece como uma figura humana, que varia de tamanho, todo vermelho, com garras de caranguejo, uma saia de bailarina e fala parecendo um traveco. O prefeito da cidade é minúsculo e tem um cachorro que parece ser mais inteligente que ele, sua secretária, a senhorita Belo, é uma mulher sensual, inclusive na voz, ela carrega ele no colo em varias ocasiões, mas o rosto dela nunca aparece. As meninas tem cabeças e olhos enormes, seus braços e pernas são só uns cotocos sem pés e mãos, muito menos dedos, elas também não tem nariz, o que não as impede de segurar coisas digitar e sentir cheiro, o desenho é bem simplificado.

O principal inimigo é o Macaco Louco (Mojo Jojo), que quer ter o elemento X, para ter mais poder e assim derrotar as meninas e conquistar o mundo, seus planos loucos, como não poderia deixar de ser, sempre são estragados pelas super poderosas, que no fundo sentem até compaixão pelo macaco.

The Powerpuff Girl foi criada pelo animador Craig McCracken, o programa era produzido por Hanna-Barbera até 2001, quando a Cartoon Network Studios a comprou e passou a produzi-la. A série estreou em 1998 e foi uma das mais premiadas da Cartoon Network, contanto com 78 episódios e uma versão anime Demashita! Powerpuff Girls Z, que foi exibida de 2006 a 2007, que fez mais sucesso no Japão que nos Estados Unidos, que agora está sendo exibida aqui pelo SBT.

Com certeza um dos melhores cartoons dos últimos tempos.

Natália R. Ribeiro
 
 
 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Desenhos milhonarios


Quem gosta de dizer que desenho é coisa para criança, deveria dar uma olhada nos números. Neste último sábado, dia 14 de Agosto o site G1 publica a seguinte notícia: “'Toy story 3 ' se torna a animação com maior faturamento da história. Longa em 3D da Pixar de 2010 supera 'Shrek 2' em bilheterias mundiais. Saga do caubói Woody e do astronauta Buzz já faturou US$ 920 milhões.”


Desenho bom vende, desenho bem produzido, a produção do Toy Story 3 não foi nem de longe modesta, o filme teve um custo de 200 milhões de dólares, mas em compensação seu faturamento possivelmente chegará a 1 bilhão de dólares.

Eu não sei o que acontece aqui no Brasil, os donos das redes de TVs acham que desenho invariavelmente é coisa pra criança, e que criança é todo ser humano até os 12 anos, como se o pensamento dessas pessoinhas não divergissem, como se elas não fossem ainda capazes de desenvolver senso crítico, como se elas simplesmente absorvessem tudo aquilo que a programação manda.

Pergunta pra uma criança qual desenho ela gosta mais da TV Globinho e qual ela odeia, certamente ela saberá te responder.

O que falar então daqueles desenhos que apesar de super batidos e nem tão legais assim garantem a audiência de certos canais em determinados horários. Não posso afirmar com certeza, mas duvido que sejam realizadas pesquisas com esse público alvo para ver qual produção melhor se adaptaria, qual o melhor horário, etc. Ao que me parece a lógica é a de importação de tendências, se está dando certo lá fora eles trazem para cá. Não há uma estratégia de divulgação e fidelização por parte das emissoras, que colocam e tiram os desenhos como bem entendem. Elas não percebem o quanto andam perdendo com isso, deixando de dar atenção ao publico, que não é só de “pessoas até 12 anos de idade”, e deixando de investir nas produções nacionais.

Natália R. Ribeiro